terça-feira, 28 de agosto de 2012

[ERP Financeiro] Um modelo operacional de uma Instituição Financeira





Pessoas Jurídicas – Incluem outras Instituições Financeiras

RFI ($) – Recurso Financeiro Intermediado, na Moeda contratada para a Operação

RUOA – Remuneração “paga” a uma Unidade Organizacional de Apoio, por um serviço prestado em um Processo ou Projeto de outra Unidade Organizacional. Será debitado do “resultado” da(s) Unidade(s) Organizacional (is) que demandarem o serviço.

RUOC -  Remuneração “paga” a uma Unidade Organizacional Corporativa, por um serviço prestado em um Processo ou Projeto não passível de alocação a uma ou algumas Unidades Organizacionais.

>> Se debitado do resultado da Instituição Financeira, gera maior transparência sobre os Custos e Resultados para a Organização.

>> Em algumas Organizações são criadas fórmulas de realocação / rateio destes valores às Unidades Organizacionais e/ou aos Produtos e Serviços.  Neste caso fica temos menor transparência sobre a contribuição das UOC para a Organização, podendo, ainda, distorcer  a avaliação dos resultados das Unidades Organizacionais e/ou dos Produtos e Serviços que recebem esta realocação / rateio.

TA_CLI (%) – Taxa de Aplicação, paga pelo Cliente. Um percentual do Valor da Operação de Aplicação (Exemplos: Empréstimo Imobiliário, Pessoal, para Compra de Veículos, Repasse BNDES)

TC_CLI (%) -  Taxa de Captação de Recursos Financeiros, paga ao Cliente. Um percentual do Valor da Operação de Captação (Exemplos: CDB, Depósito C.C., Depósito Poupança)

TC_UOA (%) – Taxa de “Captação” de Recursos Financeiros, “paga” pela Unidade Organizacional de Aplicação, ao Caixa Central, um percentual sobre o Valor que utilizará na Operação de Aplicação.

TC_UOC (%) -  Taxa de “Captação” de Recursos Financeiros, “paga” pelo Caixa Central a Unidade Organizacional de Captação. Um percentual do Valor da Operação de Captação

TSP  -  Tarifa paga, pelo Cliente, por serviço prestado pela Instituição Financeira.

Unidade Organizacional de Apoio – prestam serviços a outras Unidades Organizacionais dentro dos Processos ou Projetos da Instituição Financeira. Exemplos: Analise de Crédito de uma Operação em contratação, Desenvolvimento de solução de TIC para automação de operações de uma ou algumas Unidades Organizacionais, Treinamento Interno para colaboradores de uma ou algumas Unidades Organizacionais.

Unidade Organizacional Corporativa -  prestam serviços aos Processos ou Projetos da Instituição Financeira como um todo, Exemplos: Contabilidade Legal, Contabilidade Gerencial (tais como: resultado por Unidade Organizacional, Rentabilidade de Cliente), Analise de Riscos não passíveis de alocação a uma Operação Financeira, Marketing, Recursos Humanos, Desenvolvimento de solução de TIC para Gestão Corporativa.



O sistema de preços internos e externos - representados pelas Remunerações, Tarifas e Taxas, listadas acima – permite a apuração de resultados por Unidades Organizacionais, Produtos e Serviços da Instituição Financeira. A fixação e gestão dos preços, internos e externos, que representam custos para Clientes e Unidades Organizacionais, permitem estimular, ou não, a realização de determinadas Operações Financeiras e/ou Projetos.


Modelo teorico base para "ERP" Financeiro

Publicação original = Fórum SBGC-TIC    11/12/2008 2:06 PM

As solucoes de ERP (http://pt.wikipedia.org/wiki/ERP) de mercado [1] se baseiam em um modelo teorico que consolida a convergencia das seguintes teorias:

MRP / MRPII (http://pt.wikipedia.org/wiki/MRP_II)

KANBAN (http://pt.wikipedia.org/wiki/Kanban)

JUST IN TIME (http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_in_time)

THEORY OF CONSTRAINTS (Teoria das restricoes) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria das Restrições)

Necessitamos de um Modelo Teorico Base para a Industria Financeira.

Algumas funcoes do Modelo (ex.: Compras, Gestao de Materiais, Gestao de Projetos, Contabilidade Legal / Fiscal, Contas a Pagar, Contas a Receber) podem utilizar os algoritmos organizacionais existentes, tais como: ERP e PMI. Nestas funcoes, uma Organizacao Financeira nao se diferencia de Organizacoes Comerciais ou de Manufatura, onde os Algoritmos Organizacionais citados sao correntemente utilizados, ja possuindo um grau avancado de maturidade.

Ja para as funcoes estritamente financeiras das Organizacoes Financeiras, ainda nao ha um consenso de mercado para um Modelo Teorico aplicavel a operacionalizacao e gestao de Produtos e Servicos Financeiros (http://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_financeiro).

Para uma compilacao inicial de informacoes sobre o assunto, ver os seguintes artigos da Wikipedia, em Portugues:

Administração financeira (http://pt.wikipedia.org/wiki/Administração financeira)

Instituição financeira (http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituição financeira)

Produto financeiro (http://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_financeiro)

Nos artigos recomendados existem referencias a artigos e livros que podem contribuir para a construcao de um Modelo Teorico que suporte implementacoes comerciais de solucoes de mercado para "ERP's Financeiros".

Convido-os para um trabalho colaborativo, nos moldes descritos no livro Wikinomics (http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikinomics) de Don Tapscott (http://pt.wikipedia.org/wiki/Don_Tapscott), para construcao deste modelo teorico.

Posteriormente teriamos a competicao entre os grandes fornecedores de solucoes (processos e softwares) para fornecerem a melhor implantacao deste modelo teorico.


[1] Exemplos: BAN, DATASUL, Microsoft Dynamics, SAP.

Sumário (ERP)

ERP (Enterprise Resource Planning) é um termo genérico para o conjunto de atividades executadas por um software multi-modular com o objetivo de auxiliar o fabricante ou o gestor de uma empresa nas importantes fases de seu negócio, incluindo desenvolvimento de produto, compra de itens, manutenção de inventários, interação com fornecedores, serviços a clientes e acompanhamento de ordens de produção.

O ERP pode também incluir módulos aplicativos para os aspectos financeiros e até mesmo na gestão de recursos humanos. Tipicamente, um sistema ERP ou usa, ou está integrado a uma base de dados relacional (banco de dados multirelacional). A implantação de um sistema ERP pode envolver considerável análise dos processos da empresa, treinamento dos colaboradores, investimentos em informática (equipamentos) e reformulação nos métodos de trabalho.

O ERP tem suas raizes no MRP, trata-se de um processo evolutivo natural proveniente da maneira com a qual a empresa enxerga seu negócio e interage no mercado. Ilustrando este desenvlovimento, teríamos a seguinte analogia:

Texto completo em:

http://www.prodel.com.br/ERP.htm



ERP Financeiro - diagrama variáveis financeiras


(1) Ideal por Cliente / Produto é alto Spread, com baixo Prazo e Risco.

--(2) Concorrência leva para Baixo Spread com Alto Prazo e Risco.

--As  Organizações  reduzem  a  velocidade  entre  os  pontos  (1)  e   (2)   lançando   novos Produtos  e  Serviços  (Inovação)  e  desenvolvendo  novas  Competências  (Formação   e Treinamento), para atrair / reter os melhores Clientes (os que pagam maiores Spreads, em um planejado nível de Prazo e Risco).


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Publicação original = Fórum SBGC-TIC      19/12/2008 12:13 AM

ERP Financeiro - Artigos e livros de referência
[PDF] 
Solange Garcia Decisão Sobre Mix de Produtos Financeiros : O Caso ...

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captar os recursos financeiros junto ao Caixa Central, pagando o custo de ..... de um problema simplificado no contexto da gestão bancária, referem-se, ... 

[DOC] 
Aplicação da Teoria das Restrições em Bancos

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A essência da atividade bancária consiste na captação dos recursos dos poupadores no ... Crítica da TOC à distribuição do ganho Modelo de Caixa Central ... 

Biblioteca - Febraban

4, A GESTÃO ELETRÔNICA DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA NO BANCO CENTRAL DO ... 33, DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA: UMA CONTRIBUIÇÃO À ELABORAÇÃO DE UM MODELO. ... 

[PDF] 
Planejamento do Balanço Bancário: Desenvolvimento de um Modelo ...

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O modelo proposto incorpora princípios ideais. de administração financeira e aspectos atuais da. gestão bancária, podendo constituir-se em uma fer- ... 

[PDF] 
Slide 1 
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ESTRUTURA DO CURSO. FERRAMENTAS DE GESTÃO BANCÁRIA. Gestão financeira de tesouraria. Apresentar uma visão sobre a administração dos fluxos de caixa de uma ... 

[PDF] 
Aplicação da Arquitetura com Modelo de Controle Baseado em Eventos ...

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sistemas bancários, como o da Caixa Econômica Federal, do Banco Central e da SAP .... A Arquitetura em Camadas para Sistema Bancário com Modelo de Controle ... 

Gestão & Produção - Bank efficiency: are the largest banks the ... 
Eficiência bancária: os maiores bancos são os mais eficientes? ..... O objetivo central do modelo CCR com orientação para o input é buscar a eficiência a ... 


[PDF] 
Risco de Crédito: Desenvolvimento de modelo Credit Scoring para a ...

Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML 
aumento da competição bancária, fizeram com que as instituições ...... CHAIA, A. J. Modelos de Gestão do risco de Crédito e sua Aplicabilidade no ... 

[PDF] 
BANCO DO BRASIL S.A.: o modelo de mensuração de resultados para a ...

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ambiente empresarial, como na organização, no modelo de gestão, no sistema de ...... caixa central – baseada e balizada pelo CDI (Certificado de ... 

PDF] 
Técnica de avaliação matricial em instituição financeira: uma ...

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ferramentas que melhor capacitem modelos de gestão de empresas. ... A atividade bancária reveste-se de características peculiares, combinando desafios da ... 


Sumário livro: Banking - Gestão de ativos, passivos e resultados em Instituições Financeiras - David F. Hastings - Editora Saraiva 


Banking


O objetivo da obra é propor instrumentos que auxiliem instituições bancárias na gestão dos riscos, principalmente naqueles que decorrem da própria natureza de sua atividade – os riscos de intermediação financeira. Discute maneiras de assegurar o equilíbrio entre os valores captados e aqueles cedidos nos empréstimos. Apresenta os limites operacionais e os bancos no Brasil, além dos custos em geral e de instrumentos de Gestão, Funding, Caixa Central, Prazos e Moedas, trazendo ainda, uma parte sobre Orçamentos e Adendos. 

Autor: David F. Hastings
Editora: Saraiva – 376 páginas


PARTE I - DESAFIOS, EXIGÊNCIAS E LIMITAÇÕES

Capítulo 1 - Exigências e Limites Operacionais
A natureza da questão
Limite mínimo de capital e patrimônio líquido
O patrimônio líquido e a rede de agências
Limite máximo de aplicações
Limite operacional: o APR e os ativos reais
Direcionamento de recursos
Resumo
Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 2 - Bancos no Brasil - Crescimento Sustentado
A natureza da questão - crescimento
Crescimento no volume absoluto
Evolução qualitativa
Evolução dos resultados econômicos
Otimização da lucratividade
Campo de atuação do administrador bancário
Desafios, limitações e instrumentos de gestão
O triângulo das permutas
As bases do processo
Potencialização pelo intercâmbio
A-B-C, P e Q
Resumo
Perguntas e Problemas de Fixação

PARTE II - GESTÃO DOS CUSTOS ADMINISTRATIVOS

Capítulo 3 - Custos Administrativos, Conceitos Básicos e Organização de Dados
Conceitos básicos
Custo
Custo x Despesa x Desembolso - Distinções
O princípio da competência
Custo de oportunidade
Fontes dos dados primários
Apresentação
Classificação dos geradores de custos
Relação com a produção
Variabilidade
Origem
Controlabilidade
Responsabilidade
Organização dos dados
Objetivos e abrangência
Integração e codificação de organogramas
Criação de um plano de custos
Plano de contas
Enquadramento dos planos de contas
Eliminação de valores redundantes
Consolidação dos dados primários de natureza contábil
Departamentalização dos dados primários
Tabulação final dos dados primários
Resumo
Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 4 - Custos por Centro de Responsabilidade
Conceituação
Classificação dos centros de responsabilidade
Centros de custo
Centros de custo operacionais (CCO)
Centros de custo administrativos (CCA)
Centros de resultado (CRs)
Identificação dos centros de responsabilidade
Realocação de custos
Critérios de realocação8
Mecanismos de realocação
Realocações por sistemas de equações sim
Realocações por reiterações sucessivas
Realocações por distribuição hierarquizada
Implementação e manutenção do sistema
Evolução do sistema
Exemplo
Apêndice
Resumo
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Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 5 - Custos por Produto/Serviço
Conceituação Enfoque
Apuração de custos por produto individualizado
Descrição da metodologia
Execução da metodologia
Exemplo
Sistema global de custos por produto
Conceituação básica
Organização do trabalho
Definição e quantificação da produção total
Roteiro de cálculo
Exemplo
Uso dos dados finais
Modularidade dos dados
Custo no mês x Custo do mês
Resumo
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Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 6 - Atividades como Base de Custeio
Introdução
ABC - atividades como base de custeio (activity-based costing)
Aplicação do ABC em bancos
Resumo
Perguntas e Problemas de Fixação

PARTE III - GESTÃO DOS FLUXOS FINANCEIROS
Capítulo 7 - Instrumentos Tradicionais de Gestão
A natureza do problema
Técnicas de síntese
Valor da moeda no tempo
Descasamentos de prazos
Descasamentos de moedas
Técnicas de análise
Gap management
Duration analysis
Resumo
Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 8 - Funding
Conceituação
Dados primários necessários
Funcionamento do sistema - "casamento por taxas"
Um modelo alternativo
Resumo
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Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 9 - Caixa Central
Conceituação
Regras de funcionamento
Regras de igualdade
Regra de partilha do spread
Dados primários necessários
Modelos alternativos e funcionamento do sistema
Caixa central diferencial
Caixa central integral
Resumo
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Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 10 - Caixa Central e Funding Combinados
Conceituação
A carteira de liquidez
Funcionamento dos sistemas combinados
Resumo
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Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 11 - Prazos e Moedas
A natureza do problema
Conceituação do modelo Delta
Dados primários
O modelo Delta
Resumo
Perguntas e Problemas de Fixação

Capítulo 12 - Arbitragem
A natureza do problema5
A arbitragem e seu potencial
Tipos de arbitragem
Arbitragem e avaliação econômica de desempenho
O modelo Epsilon
Resumo
Perguntas e Problemas de Fixação

PARTE IV- ORÇAMENTO

Capítulo 13 - Orçamentação
Uma visão panorâmica
Algumas dificuldades a serem evitadas
Premissas necessárias à implementação do processo
Conceitos - Modelos alternativos
Conceitos gerais
Conceitos particulares (exemplificação não exaustiva)
Arquitetura recomendada
Dinâmica orçamentária
Modelo de orçamentação
Implantação do processo
Montagem de sistema de avaliação econômica de desempenho
Fase A - Revisão de conceitos e procedimentos
Fase B - Montagem e implementação
Fase C - Integração e conclusão
Montagem de sistema de orçamentação
Fase A - Definição e montagem das rotinas de cálculo
Fase B - Implementação do processo de orçamentação
ResumoExplore mais no site
Perguntas e Problemas de Fixação

PARTE V - ADENDOS

ADENDO 1 - Fluxo versus Estoque

ADENDO 2 - Cálculo de Taxas de Rentabilidade

ADENDO 3 - MIS - Um Modelo

ADENDO 4 - Estimação de uma taxa de referência

ADENDO 5 - Um Modelo Orçamentário

Bibliografia

Curso de Mercado Financeiro

A obra abrange de forma mais aprofundada tópicos especiais sobre o mercado financeiro, destacando a teoria e a prática. Contém estrutura e análise, além da contabilização de produtos de produtos no mercado financeiro, desenvolvimento e regulação, incluindo aspectos matemáticos e quantitativos, lançamentos contábeis, casos reais e, principalmente, exercícios e casos para estudo. Mostra ainda, os campos da lavagem de dinheiro e da governança corporativa para, finalmente, discutir riscos de mercado. 

Autores: Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima, Iran Siqueira Lima e René Coppe Pimentel 
Editora: Atlas - 586 páginas 

Mercado Financeiro


O autor mostra o conhecimento das diversas carteiras e posições das instituições, que proporciona melhor compreensão do negócio e do contexto onde o mesmo será inserido. Procura demonstrar os mecanismos e agentes que compõem o universo das finanças. Além disso, o livro destaca a área de riscos, sua importância e frequência, motivada pelo contínuo surgimento de novos e sofisticados instrumentos financeiros. 

Autor: Osias Brito 
Editora: Saraiva - 424 páginas 

Mercado Financeiro - Instrumentos & Operações


O autor enfoca assuntos pouco explorados, além de disponibilizar um capítulo especial sobre as operações financeiras mais procuradas, incluindo crédito direto ao consumidor, crédito pessoal e arrendamento mercantil. A publicação apresenta tudo o que o mercado faz em termos de renda fixa sem discutir suposições, tornando-se um manual prático e essencial para quem trabalha com cálculo financeiro. 

Autor: Rogério Gomes de Faria 
Editora: Pearson Education - 278 páginas 

Práticas de Tesouraria


A tesouraria movimenta grandes volumes de ativos e passivos financeiros e posições de operações com derivativos, pelas exigências do mercado altamente competitivo, o que a torna um centro gerador de resultados. O texto apresenta de forma prática e simples, cálculos financeiros típicos de Tesouraria, utilizando os conceitos básicos de matemática financeira, bem como os procedimentos necessários para planejamento financeiro e tomadas de decisão. 

Autor: Masakazu Hoji 
Editora: Atlas - 192 páginas 

Mercado Financeiro


Alexandre Assaf oferece uma visão ampla e moderna dos mercados financeiros e de capitais abordando o funcionamento de suas instituições e operações financeiras, estudando os principais modelos de avaliação dos ativos negociados e de seus riscos. A publicação adota como premissa para o moderno estudo dos mercados financeiros um modelo de desenvolvimento econômico baseado na participação do setor privado. 

Autor: Alexandre Assaf Neto 
Editora: Atlas - 356 páginas 

Operação e Concessão de Crédito

Abordando a operação e concessão de crédito de forma prática e didática, Mauro Tadeu leva os analistas e gerentes a pensar em crédito de forma mais ampla e segura, fugindo dos padrões normais que constam do check list e das circulares que tratam este assuntos. Oferece uma visão prática a atualizada sobre a análise de crédito, acrescentando a experiência de 25 anos no mercado financeiro. 

Autor: Mauro Tadeu Berni
Editora: Atlas - 140 páginas 

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Publicação original = Fórum SBGC-TIC      23/1/2009 4:00 PM

A gestão baseada no valor nas instituições financeiras: um modelo ...
Título original, A gestão baseada no valor nas instituições financeiras: um modelo aplicado a bancos múltiplos. Autor, Mendes, Frederico ... 

[PDF] Contribuição ao Estudo de Modelos para Controle de Gestão em ...

Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML 
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE MODELOS PARA CONTROLE. DE GESTAO EM BANCOS DE ATACADO. Autor: Osias Santana de Brito. Mestre em Ciências Contábeis pela FEA/USP ... 

[PDF] Solange Garcia Decisão Sobre Mix de Produtos Financeiros : O Caso ...

Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat 
Decisão Sobre Mix de Produtos Financeiros: o caso da agência Estrela. Caderno de Estudos, São Paulo, FIPECAFI, nº20 – Janeiro a Abril/1999. 6. UEN COMERCIAL ... 






ERP Financeiro - "Local" e método sugerido

Sugiro usarmos como nosso "BA" [1] para desenvolvimento deste projeto cooperativo o site da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento [2] e a Wikipédia [3]. 


[1] BA – Conceito japonês para o qual não há tradução. Pode ser definido como um contexto compartilhado no qual o conhecimento é criado, socializado e utilizado, através da interação entre os integrantes do BA. Talvez se aproxime do conceito de Redes Sociais (ver temas Top no Fórum de Gestão do Conhecimento) 

+ Informações

BA 

SECI Model Nonaka Takeuchi 




[2] Fórum GC na área de TI, para mensagens, e a biblioteca de conteúdos da SBGC para Artigos, Trabalhos Acadêmicos, Apresentações que possuam tamanhos que não sejam convenientes estar no Fórum. 

[3] Ver relação de Hyperlinks na mensagem inicial desta sequência 



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Publicação original = Fórum SBGC-TIC      25/1/2009 7:34 PM

[ERP financeiro] Gestão de Riscos

BC impõe análise de risco para instituições de crédito no país Análise de Risco
22/9/2008 11:41:30

O Banco Central (BC) quer que todas as instituições financeiras no Brasil criem áreas de análise de risco para a concessão de crédito. A proposta está em edital de audiência pública, lançado na última sexta-feira à noite pelo BC. Os interessados poderão analisar o documento e fazer sugestões durante 60 dias. 

A proposta foi divulgada depois do agravamento da crise financeira internacional, com a quebra do banco Lehman Brothers, anunciada no último dia 15. A crise teve início no ano passado, porque bancos e financeiras americanas emprestaram dinheiro a pessoas com alto risco de inadimplência. 

Entretanto, segundo a assessoria de imprensa do Banco Central, a proposta de criação das estruturas de gerenciamento de risco nas instituições financeiras já estava prevista desde o ano passado e não foi criada por conta da crise externa. De acordo com o edital do BC, "o risco de crédito ainda é, para a grande maioria das instituições do Sistema Financeiro Nacional (SFN), o principal risco a que estão sujeitas". 

"Ademais, ressalte-se que a recente turbulência econômica externa demonstra que práticas inadequadas na gestão da carteira de crédito tiveram papel decisivo para o aprofundamento das perdas por eventos de crédito em algumas das maiores e mais complexas instituições financeiras do mundo", acrescenta o texto. 

As sugestões podem ser encaminhadas ao Banco Central até o dia 18 de novembro de 2008. Pela proposta do BC, até 30 de junho de 2009 deverá ser indicado pela instituição financeira um diretor responsável e definida a estrutura organizacional para implementação do gerenciamento do risco de crédito. 

A política institucional, os processos, os procedimentos e os sistemas necessários à efetiva implementação da estrutura devem ser definidos até o dia 31 de dezembro de 2009. O prazo para que a estrutura do gerenciamento de risco de crédito esteja efetivamente implementada é 30 de junho de 2010. 


Gestão de Riscos Empresariais 
Paulo Sérgio Monteiro Santos


Editora: NOVO SECULO 
ISBN: 8588916258 

Visa dotar o leitor de uma visão abrangente da gestão de riscos com conceitos vindos da análise dos ambientes internos e externos realizada no âmbito do planejamento estratégico. Divide-se em três partes: a adequada classificação dos riscos, as ferramentas para gerenciamento dos mesmos e um convite à reflexão sobre os risco que virão das transformações em curso no mundo globalizado. 

Gestão de Risco 
A importância de controlar os riscos empresariais para o alcance dos objetivos - Embraer, Redecard e Gerdau


Gestão do Risco Empresarial e dos Negócios

Por: Manuel Mendes da Cruz do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa 

As práticas empresariais de gestão de risco e segurança da informação devem dar mais atenção aos aspectos sociais e aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015. Esse será o tema da quinta edição do Executive Meeting, encontro anual de executivos que debate tecnologia de segurança de empresas. 


Diagrama de Ishikawa | Análise de Riscos

http://www.brasiliano.com.br/blog/?p=1278


Necessidade da implantação da Lei Sarbanes Oxley no Brasil ?
http://www.brasiliano.com.br/blog/?p=1268

+Artigos:
http://www.brasiliano.com.br/blog/?page_id=110



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Publicação original = Fórum SBGC-TIC      27/1/2009 1:50 PM


[ERP Financeiro] Sinergia com Universidades e Redes de Pesquisa

Em minha opinião, os textos:

  • [Decisão sobre Mix de Produtos Financeiros: o caso da agência Estrela - 1999 - Solange Garcia]
  • [Gestao_baseada_no_valor_nas_instituicoes_financeiras_Um_modelo_aplicado_a_bancos_multiplos.pdf - 2004 - Frederico Mendes]
fazem uma demonstração muito didática da interrelação entre Unidades Comerciais (Captadoras / Aplicadoras de Recursos Financeiros), o Caixa Central e a Tesouraria, na geração de Valor para o Acionista. 

A abordagem adotada, medir a Geração de Valor para o Acionista, está de acordo com a forma que acredito ser a mais correta, para a Gestão de Desempenho de Organizações, a Contabilidade de Ganhos, defendida pela Teoria das Restrições. 

A qualidade dos textos encontrados na Academia e na Wikipédia, principalmente quanto a sua aplicabilidade, como Base Teórica, para a construção de um Modelo Básico para ERP Financeiro, fortalecem minha convicção na utilidade da busca, por parte dos Gestores Organizacionais, por Sinergia com as Entidades de Ensino e Pesquisa (ex.: Universidades) e Redes Sociais de Inovação (ex.: Innoventive [1]), procurando reduzir o intervalo entre a Geração, Avaliação e Utilização de Conhecimento, incrementando a Taxa de Internalização de Inovações pelas Organizações, o que melhora a Efetividade destas Organizações em atender os anseios, cada vez maiores, de Sociedades cada vez mais bem formadas e informadas. 

[1] Innocentive 


InnoCentive 
InnoCentive is an open innovation community of smart, creative people who provide solutions to tough problems in business, science, product development, ... 

www.innocentive.com/

Solvers
About Us
Marketplace
Challenges Chemistry
Business/Entrepreneurship
Seekers
Products



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Publicação original = Fórum SBGC-TIC      30/1/2009 12:26 AM

Aplicações da contabilidade de ganhos em instituições financeiras

O texto indicado, cuja introdução e conclusão estão copiadas nesta mensagem, questiona a forma como tem sido usado o algoritmo de Caixa Central na gestão de organizações financeiras. Basicamente a crítica feita é quanto à "busca de ótimos locais", por exemplo, em agências e gerentes de relacionamento, que impede a "otimização do resultado da organização como um todo". (Veja trecho, em negrito, abaixo) 

Nas organizações industriais, a compreensão e aplicação da Teoria das Restrições (TOC – popularizada através do romance de negócios A Meta) resultaram em grandes ganhos de eficiência. 

Se a tese defendida pelo trabalho estiver correta, existem grandes oportunidades de evolução dos mecanismos de gestão das organizações financeiras. Logo, acredito que vale a pena investir na compreensão e avaliação das propostas deste estudo. 

"Para a TOC, medir a rentabilidade de cada agência (ou qualquer unidade) nas operações como forma de incentivar, premiando/ punindo os gerentes por atingirem ou não a meta estabelecida, pode não implicar necessariamente em melhorar a rentabilidade do banco como um todo. A rentabilidade de uma operação depende do binômio: captação e aplicação, visto como um todo, e uma maior rentabilidade depende das duas fazes da operação, e não apenas de uma. 

Com relação aos custos não financeiros, estes devem ser atribuídos aos produtos, clientes ou unidades sempre que forem 100% identificados com o objeto, não devendo ser rateados."

Buscando identificar autor e origem do texto, foi obtida a seguinte citação:
CIA, Joanília. Aplicação da teoria das restrições em bancos. [São Paulo]: FGV. Disponível em <http:/fgvsp.br/ceb/trestrições.htm>. Acesso em: 04 nov. 2003.
Citado na página 100 de:
http://www.bibliotecadigital.ufba.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1303
Teoria das Restrições: Análise da implantação de um modelo de gestão baseado na teoria das restrições na UFCAR Produtos de Carbono em Candeias-BA
EAESP/FGV - TEORIA DAS RESTRIÇÕES: APLICAÇÕES DA CONTABILIDADE DE GANHOS EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 

Aplicação da Teoria das Restrições em BancosFormato do arquivo: Microsoft Word - Ver em HTMLA essência da atividade bancária consiste na captação dos recursos dos poupadores no ... Crítica da TOC à distribuição do ganho Modelo de Caixa Central ...www.milenio.com.br/siqueira/Trab.085.doc
Introdução

Nos últimos anos, em resposta ao mercado cada vez mais competitivo, os bancos têm utilizado intensivamente recursos de informática e telecomunicações para ampliar suas linhas de produtos, e facilitar a disponibilidade e o acesso dos clientes aos produtos bancários, especialmente através da internet. 

É evidente que a mera utilização de novas tecnologias não é suficiente para aumentar a posição competitiva dos bancos no mercado. A adoção de novas abordagens de gestão pelas empresas, tais como a Gestão da Qualidade Total (TQM), Gestão Baseada em Atividades(ABC/ABM) e, mais recentemente, a Teoria das Restrições (TOC), estão sendo utilizadas como ferramentas para se alcançar esta vantagem competitiva. 

O objetivo deste trabalho é discutir como os bancos podem aplicar as medidas de controle de desempenho da Teoria das Restrições na tomada de decisão. Inicialmente serão mostrados aspectos das informações de rentabilidade e custos em instituições financeiras. Em seguida, serão apresentadas as medidas de desempenho da TOC adaptadas ao contexto da atividade bancária. Finalmente será apresentado exemplo do uso destas medidas na análise da rentabilidade de operações de intermediação bancária. 

Conclusão


Pela Teoria das Restrições, a empresa deve ser vista como um sistema onde se deve buscar a melhoria do resultado global. Com isso, a validade de medidas que buscam a otimização de cada objeto de custo, tais como o cálculo do spread entre as operações e análise do centro de responsabilidade, podem ser questionáveis. 

Parece lógico que cada gerente deve buscar maximizar os volumes de operação, as taxas de aplicação e as tarifas, e minimizar as taxas de captação e os custos não financeiros, de forma a atingir um maior rentabilidade para o banco como um todo. A premiação deve assim ser dada pelos novos negócios trazidos, e pelo conseqüente ganho que se traz para o banco como um todo. 


Lembrando => Nosso BA:

ERP Financeiro - "Local" e método sugerido 

Sugiro usarmos como nosso "BA" [1] para desenvolvimento deste projeto cooperativo o site da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento [2] e a Wikipédia [3]. 

[1] BA – Conceito japonês para o qual não há tradução. Pode ser definido como um contexto compartilhado no qual o conhecimento é criado, socializado e utilizado, através da interação entre os integrantes do BA. Talvez se aproxime do conceito de Redes Sociais (ver temas Top no Fórum de Gestão do Conhecimento) 

+ Informações: 

BA 
SECI Model Nonaka Takeuchi 

[2] Fórum GC na área de TI, para mensagens, e a biblioteca de conteúdos da SBGC para Artigos, Trabalhos Acadêmicos, Apresentações que possuam tamanhos que não sejam convenientes estar no Fórum. 

[3] Ver relação de Hyperlinks na mensagem inicial desta sequência 
Todos os Fóruns >> [Fóruns de GC em áreas de aplicação] >> GC na área de TI >> Modelo teorico base para "ERP" Financeiro


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Publicação original = Fórum SBGC-TIC      11/11/2009 6:35 PM

O artigo abaixo permite um interessante paralelo com esta proposta (ERP Financeiro). Notem o intervalo de tempo, a diversidade de atores e as idas e vindas, erros e acertos, no processo de evolução dos ERP para Industria e Comércio.


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Negócios

Especial ERP: nada mais foi como antes

A explosão do uso dos sistemas integrados de gestão, na segunda metade da década de 90 revolucionou o uso da TI nas empresas. No período inicial, enquanto as companhias nacionais preparam clientes locais, os grandes fornecedores internacionais investem pesado em marketing e em acordos globais.

Por Luciana Coen, do COMPUTERWORLD 
16 de março de 2006 - 10h32 
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O fim da reserva de mercado e o ressurgimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, no ano de 1992, sob decisão do então presidente Itamar Franco, marcam o começo de uma grande transformação pela qual o setor de TI passaria no Brasil. Neste mesmo ano, companhias do mundo todo preparavam-se para integrar seus sistemas de lista de materiais e controle de estoque com outros departamentos, investindo nos novíssimos pacotes ERP (sigla em inglês para Enterprise Ressource Planning). Poucos meses depois o Brasil entraria no mapa dos fornecedores deste desconhecido e revolucionário software. 

"O motivo não era diferente do que traz outras companhias para cá: sair dos principais pólos e aproveitar mercados ainda não saturados", analisa Celso Tomé Rosa, gerente geral da SSA Global para América do Sul. A companhia foi a primeira a aportar no Brasil, ainda em 1992. 
O mercado brasileiro, no entanto, já havia sido alvo de experiências de outros fornecedores, uma década atrás. Em 1980, uma das divisões de pesquisa da IBM - o Centro de Competência para Manufatura na América Latina -, trazia ao Brasil seu sistema Copics. O software, que fazia pouco mais do que controle de estoque e listas de materiais para companhias do setor manufatureiro, foi implementado na ABB, multinacional da área de energia e automação. Instalava-se o primeiro sistema importado de gestão integrada no Brasil. "Logo depois disso, a IBM decidiu descontinuar o software e sair da área de aplicativos", explica o líder deste projeto, Augusto Pinto, que mais tarde seria o responsável pela entrada da gigante alemã SAP no Brasil. 

Desde os anos 60, companhias de grande porte utilizavam os sistemas chamados RPS (Requirement Planning System) para controlar estoque e listas de compra de materiais. Mais tarde, no fim da década de 70 e início da década de 80, surgiam tecnologias capazes de agrupar e desagrupar estas listas. Na prática, se o sistema estivesse implantado em uma montadora de carros, por exemplo, e uma peça estivesse faltando no estoque, ele tinha inteligência para apontar que o produto inteiro - o carro -, não ficaria pronto. É desta mesma época o conceito conhecido como BOMP (Bill of Material Processor), que também agregava mais inteligência de logística ao negócio. 

"Pacotes ainda mais sofisticados já conseguiam considerar a capacidade de produção", lembra Rosa, da SSA Global. A partir daí, surgia a necessidade de soluções mais complexas, para outras verticais de indústria. Nascia o sistema ERP quase como o conhecemos hoje, das mãos de multinacionais como Burroughs, IBM e Computer Associates. O curioso é que nenhuma delas está neste mercado hoje. 

A Burroughs (hoje Unisys), atua na área de serviços, não oferecendo um sistema ERP. A IBM descontinuou seu Copics, acreditando que este não seria um mercado promissor - a Big Blue até hoje não é uma empresa forte em aplicativos. A CA (antiga Computer Associates), fez uma aventureira incursão por este mundo, comprando, em 1992, uma empresa chamada Pansoft, que desenvolvia sistemas tipo ERP. Em 1995, no entanto, ela decidiu vender a unidade para a norte-americana SSA Global, encerrando suas atividades nesta área. 

E no Brasil?
Enquanto o mercado norte-americano preparava-se para o que seria uma das maiores ondas de tecnologia da história, juntamente com o novíssimo conceito de reengenharia, consolidava-se uma força de desenvolvimento do outro lado do Oceano Atlântico. Em 1983 criou-se a sueca IFS, que tem até hoje em seu portfólio a grande maioria das empresas de médio porte européias como clientes de seu ERP. Poucos anos depois a companhia aportava no Brasil, com suas soluções verticalizadas. 

Era no continente europeu que cresciam e frutificavam duas das principais companhias do setor: a holandesa Baan e a alemã SAP. Esta, fundada em 1972, cresceu longe das agitações do mercado norte-americano, angariando clientes de grande porte na Europa. A Oracle, hoje grande fornecedor desta área, ainda apostava quase todas as suas fichas no mercado de banco de dados relacional. 

Enquanto o cenário mundial de ERP se formava, um engenheiro do ITA, programador na Consul Refrigeradores, no Sul do Brasil, desenvolvia um sistema de controle de produção para máquinas Burroughs. Em 1978, Miguel Abuhab decidiu deixar a companhia para desenvolver sistemas para o mercado, criando a Datasul. Seu projeto era ambicioso: trazer as máquinas de grande porte e vender com sistemas embutidos para corporações. 

"Pouco tempo depois, fui pego de surpresa pela reserva de mercado. Não era mais possível importar", lembra Abuhab. A saída era desenvolver o sistema Datasul para máquinas nacionais, SID e Cobra. 

Em alguns anos, a Edisa (depois comprada pela HP) lançaria máquinas intermediárias Unix, para as quais o sistema foi portado. Juntamente com os sistemas de médio porte, aparecia mais uma demanda: os bancos de dados relacionais. "Em 1988 trouxe os bancos de dados Progress e desenvolvi o sistema Magnus", conta Abuhab. O Magnus foi o primeiro ERP do Brasil a utilizar banco de dados relacionais. O ano de 90 foi o ano em que a Datasul dobrou seu faturamento. "E assim tivemos crescimentos de 40 a 50% ao ano nos anos subseqüentes", comemora Abuhab, que em breve enfrentaria a abertura de mercado. 

Embora alguns sistemas importados já estivessem sendo vendidos no Brasil de forma indireta - como o da Baan, que era implementado pela PricewaterhouseCoopers e tinha também um distribuidor -, a abertura de mercado, em 1992, acaba acelerando o processo de instalação de subsidiárias no Brasil. Um novo cenário começa a se esboçar. As empresas nacionais acabam tendo de ir ao exterior negociar contratos de transferência de tecnologia em más condições. Em 1993 duas empresas aportaram no Brasil: a norte-americana SSA Global e a holandesa Baan. 

De acordo com Rosa, o primeiro projeto da SSA Global no Brasil foi a KS Pistões. No entanto, uma das implantações de maior repercussão foi na Latas de Alumínio - Latasa, em 1993. A companhia havia investido em plataforma AS/400 no ano anterior. Naquela ocasião, os negócios estavam em plena expansão para o sul do continente, tendo inaugurado fábricas no Chile e na Argentina. 

A empresa, que até então utilizava máquinas IBM com o quase-extinto Copics, decidiu reduzir custos com computadores AS/400 e BPCS (Business Planning and Control System) e, logo depois, com os sistemas SSA Global. Um estudo indicou que o investimento total no projeto, correspondente a cerca de 1% do faturamento da companhia, seria pago em um ano e oito meses. "Surgia aí um padrão de investimento em tecnologia e de medição de retorno sobre o investimento (ROI)", afirma um dos líderes deste projeto, que não pode se identificar. 

SAP testa mercado
Até a primeira metade da década de 90, Baan e SSA Global aumentaram sua presença na América do Sul, enchendo os olhos do mercado com casos de sucesso internacionais e abocanhando contas globais. Nesta mesma época, Augusto Pinto, então sócio de uma distribuidora Baan, havia deixado a empresa e iniciava uma estranha operação na Origin. 

"A SAP usou a Origin para testar o mercado brasileiro", entrega Augusto. Como combinado com a matriz da SAP, a Origin montou um escritório ao lado do dela, com as cores da SAP. "Eu tinha um cartão de visitas da SAP, mas era funcionário Origin. Assim comecei a vender projetos", conta. 

Uma das grandes dificuldades do executivo foi convencer a IBM, com quem tinham enorme interesse em fazer uma parceria, de que ele não era Origin, e sim SAP. Outra grande negociação ocorreu dois anos depois, quando a SAP decidiu desfazer o negócio com a Origin e marcar presença no Brasil com uma subsidiária. Quem negociou tudo com a Origin foi o próprio Augusto Pinto. "Esta foi a maior saia justa da minha vida", lembra. 

Em 96, o escritório da Origin pintado originalmente com as cores da SAP tornou-se oficialmente a subsidiária da empresa. E a gigante alemã aportava no País, para inaugurar o que foi a maior onda de investimentos em tecnologia que já houve. 

Perdigão: o primeiro SAP no Brasil
Enquanto a SAP se acomodava no novo mercado, a brasileira Perdigão acabava de passar por uma transferência de controle acionário. O novo modelo de gestão requeria um também novo sistema de informações. Desde 95 a Perdigão procurava um sistema que integrasse os dados de forma satisfatória. "Escolhemos a SAP em função da aderência aos processos e customização fiscal ao modelo brasileiro", lembra Adhemar Hirosawa, CIO da empresa. 

A área de consultoria da HP ajudou na escolha. Fez parte do processo uma visita à matriz alemã para conhecer o centro de pesquisa e desenvolvimento. 

A implantação do R/3 começou em abril de 96, com a Andersen Consulting (hoje Accenture). A unidade comercial na cidade de Videira, Santa Catarina, recebeu o sistema em setembro de 97. A partir daí iniciou-se o roll out do projeto até o fim de 98. Estava consolidado o primeiro case brasileiro de implementação de SAP. 

A partir daí, a onda dos ERPs se torna avassaladora. Depois de consolidado o downsizing, as empresas se deram conta de que precisavam de sistemas mais integrados com toda a cadeia de negócios. A demanda foi gigantesca. Numa batalha acirrada, cliente a cliente, as pequenas software houses brasileiras de sistemas de gestão expandiram suas vendas, atendendo às pequenas e médias empresas. 

Em curtíssimo prazo, a SAP dominaria o mercado com projetos milionários para grandes corporações. Dois anos depois, os pequenos seriam quase que engolidos pelos grandes players de ERP. 

Empreendedora brasileira
Em 85, o jovem mineiro Rodrigo Mascarenhas decidiu instalar-se na garagem do prédio onde moravam seus pais, em Belo Horizonte, para programar. "Logo depois, passei para um escritório de 100 metros quadrados, onde cheguei a trabalhar dois dias no chão, porque não tinha móveis", lembra Rodrigo Mascarenhas, presidente da RM Sistemas. 

No entanto, a companhia começou a ganhar corpo depois da participação na Fenasoft em 1988, em que conseguiram fazer contato com pelo menos 10 dos 43 representantes que hoje possuem. "Quando começamos a incomodar os concorrentes, eles sugeriam aos nossos futuros clientes que visitassem nosso escritório - porque sabiam que não tínhamos como recebê-los", lembra Mascarenhas. Em 2005, a RM Sistemas faturou mais de 135 milhões de reais. 

[ERP Financeiro] O que é um Serviço Financeiro ? Quais seus Custos e Remunerações ? Teoria das Restrições (Modelo de Gestão): Aplicação da Contabilidade de Ganhos em Instituições Financeiras

Publicação original = Fórum SBGC-TIC       4/1/2011 8:15 PM


Serviço Financeiro:


• Prestação de serviço remunerado, por exemplo, via float [1] e / ou tarifas [2]. Exemplos:

o Arrecadações de Mensalidades e Tributos (Exemplos: Telefonia, TV Paga, Tributos (Municipais, Estaduais e Federais)

o Cobrança Bancária
>> >> (Mais detalhes:

o Compensação de Cheques
>> >> (Mais detalhes:

          >> >> >>  http://pt.wikipedia.org/wiki/Documento_de_crédito 


o Crédito de Salários

o Intermediação de Pagamento de Fornecedores
>> >> (Mais detalhes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wirecard )

o Pagamento de Benefícios Sociais (Exemplos: Bolsa Família, INSS)

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 • Sub locação de um volume de recursos financeiros (dinheiro) remunerado via tarifas e / ou spread [3]. Exemplos:

o Caderneta de Poupança

o Certificado de Depósito Bancário – CDB

o Compra de Títulos do Tesouro Nacional

o Compra de Debentures de Pessoas Jurídicas

o Crédito Direto ao Consumidos

o Financiamento de Compra de Bens e Serviços (Exemplos: Imóveis, Veículos, Crédito Educativo)

>> >>(Mais detalhes:


[1] float: remuneração obtida através da aplicação financeira de um volume de recursos financeiros (dinheiro) entre o momento em que este recurso é recebido por um intermediário e o momento em que é repassado a Pessoa Fisica ou Jurídica originadora deste recebimento. Um exemplo é quando uma Instituição Financeira recebe o pagamento de um Boleto de Cobrança de um Cliente de uma Operadora de Serviço de Telefonia / TV paga. Pode haver uma clausula no Contrato de Cobrança com a Operadora de Serviço de Telefonia / TV paga definindo um prazo entre o Pagamento do Boleto de Cobrança e o repasse dos Recursos Financeiros para a Operadora de Serviço de Telefonia / TV paga. Durante este período a Instituição Financeira, intermediária no processo de Cobrança, aplica estes Recursos Financeiros obtendo uma remuneração. (O float foi uma importante fonte de lucros, para as Instituições Financeiras, durante o período de alta inflação, quando as Taxas de Juros diárias eram altas – overnight).

[2] Tarifas: valor cobrado a cada Operação Financeira executada (exemplo: TAC (Taxa de Abertura de Crédito), taxa de boleto ou de folha de carnê) ou valor cobrado a cada parcela de uma Operação Financeira (exemplo: percentual da parcela de um Contrato de Consórcio para constituição do Fundo de Reserva)

Tarifas Bancárias (Banco Central do Brasil - http://www.bcb.gov.br/?TARIFA)

[3] Spread: diferencial entre o valor do aluguel (Juros) pago a quem empresta os recursos para a Instituição Financeira e o aluguel (Juros) e / ou Tarifas pagos por aqueles a quem a Instituição Financeira sub loca estes recursos



Na figura abaixo temos um Modelo Simplificado do exposto acima.

Obtida em:

[DOC] Aplicação da Teoria das Restrições em Bancos ( http://www.milenio.com.br/siqueira/Trab.085.doc ) - Ver página 5)


III. Aplicações da TOC na Análise de Rentabilidade de Operações de Intermediação Bancária
 
A essência da atividade bancária consiste na captação dos recursos dos poupadores no mercado e aplicação junto aos tomadores de empréstimos, caracterizando assim a intermediação financeira. Logo, parece lógico que para existirem as aplicações é necessário que tenham havido captações. 


Os artigos abaixo demonstram os desafios e oportunidades para que as Instituições Financeiras mantenham suas fontes de rentabilidade.

-------1808 a 1944-------1945 a 1963-------1964 a 1969-------1970 a 1988-------1989 a 1994-------1994 a 1999 

História do Setor Bancário Brasileiro


1808 a 1944 - Antes mesmo da declaração da Independência do Brasil em 1822, o Banco do Brasil foi criado em 1808, marcando o surgimento do sistema financeiro brasileiro. Da sua criação até a metade do século vinte, o principal agente do sistema era o Banco do Brasil, que exercia o papel de Banco Central (até 1964) e o monopólio na intermediação financeira. 

As instituições financeiras que operam hoje começaram a se instalar no início do século vinte como pequenos bancos regionais atuando ao lado do Banco do Brasil e de bancos estrangeiros, na maioria britânicos. 

1945 a 1963 - Em 1945 número de bancos comerciais já era de 508. Surge a necessidade de um maior controle do sistema e o governo cria a SUMOC, Superintendência de Moeda e Crédito foi criada para controlar o mercado monetário e prepará-lo para a criação de um banco central. A Sumoc implementou medidas para impedir a criação de novos bancos, através de políticas restritivas à concessão de licenças para criação de novas instituições financeiras e do encorajamento de fusões entre as já existentes . Isto diminuiu o número de bancos para 336 em 1964. Todavia, mesmo depois disso o sistema financeiro continuou a crescer, mas desta vez pelo aumento do número de agências dos bancos já existentes. 

Com a taxa de juros tendo um teto controlado pelo governo, a opção mais lucrativa para os bancos era aumentar o número de agências, para ganharem no volume de transações e recursos. Essa política de taxa de juros, impediu qualquer contrato de crédito de cobrar uma taxa maior que 12%. 

Na prática, essa lei estabeleceu um custo de captação de 6% para os bancos e um retorno de 12% na concessão de crédito. Conforme a inflação aumentou as taxas de empréstimo ficaram muito atrativas para os clientes, o que aumentou a demanda. Todavia os bancos não podiam oferecer taxas maiores para aumentar o volume de captação e assim poder satisfazer a demanda. 

A única alternativa para aumentar o volume de recursos captados foi oferecer serviços para atrair novos clientes e expandir a rede de agências para abranger novos mercados. Essa estratégia, aliada ao crescimento econômico, aumentou o número médio de agências por banco de 2,6 em 1945 para 17,6 em 1964. 

Outra característica do setor bancário no Brasil até os anos 60 era a limitação da participação no crescimento econômico, devido a política de substituição de importações, a qual encorajava a produção interna de produtos semi duráveis. 

A produção nesse modelo econômico era financiada pelo capital dos empreendedores e das empresas estrangeiras que se instalavam no país, desse modo o sistema de intermediação financeira e geração de recursos era adequada para uma estrutura de produção fragmentada com muitas empresas precisando de baixo volume de recursos. 

1964 a 1969 - Depois de alguns anos de recessão no início dos anos 60, o governo começou a procurar um modo de aumentar a popança interna. Em 1965, apenas 2,9% da poupança interna bruta era resultado da captação dos bancos enquanto que a média na América Latina estava entre 10 e 15%. 

Para isso um novo sistema financeiro era necessário, sem taxas de empréstimos estabelecidas por lei. Foi feita então uma reestruturação do sistema financeiro através da Lei da Reforma Bancária de 31 de dezembro de 1964 ( lei 4595). 

Dentre as principais mudanças estabelecidas por essa lei foram : 

- o fim do limite máximo de 12% para as taxas de juros 

- criação do SFH ( Sistema Financeiro de Habitação) 

- incentivos para a fusão entre bancos ( os bancos só podiam aumentar sua rede fundindo-se ou adquirindo outro banco, não era permitida a abertura de agências novas) 

- criação de novos tipos de instituições financeiras ( bancos comerciais, bancos de investimento, corretoras, etc) 

- criação do CMN ( Conselho Monetário Nacional) e do Banco Central 

O resultado da reforma foi a concentração e o aumento do volume de ativos. Em 10 anos os ativos passaram de US$ 22 bilhões para US$ 173 e o número de instituições passou de 320 para 105. Foi nessa época que , pela primeira vez os bancos brasileiros cumpriram seu papel original, emprestar. A proporção das operações de crédito em relação ao total de ativos passou de 49% em 1965 para 69% após 10 anos. O maior incentivo para isso foi a instituição da correção monetária, que fez com que as operações mais longas também se tornassem lucrativas, independentemente da taxa de inflação. 

A crescente necessidade de financiamento do setor público fez com que o governo tivesse uma grande participação nesse crescimento. Como a inflação tinha que ser controlada, as despesas do governo não podiam ser financiadas pela emissão de moeda. O déficit público passou de 4% do pib em 1970 para 7% em 1975 e 35% em 1998. Para colocar no mercado esse número crescente de papéis o governo foi obrigado a aumentar as taxas de juros para que seus títulos fossem atrativos. A participação desses títulos nos ativos dos bancos passou de 5% em 1975 para 49% em 1989. 

1970 a 1988 - Durante os anos 70, com a inflação crescente os bancos passaram e ter a receita de floating, ou seja, a receita obtida pela captação sem correção monetária e da aplicação dos recursos em trânsito em operações, com correção monetária, onde o banco ganhava na arbitragem. Entre os maiores beneficiados estavam os que atuavam no segmento varejista, que tinham grande volume de recursos. 
Assim era lucrativo aumentar os passivos (captação). Para isso os bancos usaram estratégias baseadas na isenção da cobrança de taxas e aumento do número de agências. 

Como esse receita era muito grande os bancos não se importavam muito com seus custos operacionais, nem com a concessão de crédito. As carteiras de crédito eram pequenas e os departamentos de crédito em geral pouco desenvolvidos, uma vez que a aplicação de recursos em operações de tesouraria, ou seja em títulos, eram muito mais rentáveis. O importante era ter agilidade para poder aplicar rapidamente e da maneira mais rentável possível os recursos captados. Da necessidade da velocidade surgiu o desenvolvimento da tecnologia bancária. 

1989 a 1993 - Em 1989 o Banco Central publicou a resolução 1524, que criou os bancos múltiplos. Isso permitiu que as instituições financeiras menores, como corretoras, tornassem-se bancos e estimulou a abertura de novos bancos, já que a única exigência era ter patrimônio líquido de US$ 7 milhões. Como conseqüência o número de bancos passou de 106 em 1988 para 218 em 1990. 

Os bancos iniciaram nessa época sua luta pelo aumento de eficiência, prevendo o fim da inflação e conseqüentemente da receita de floating. O número de funcionários passou de 824.316 em 1989 para 664.562 em 1994 e aproximadamente 450 mil em 1997, o que também foi possível devido aos investimentos em tecnologia que os bancos foram obrigados a fazer. 

1994 a 1999 - Depois do Plano Real, em 1994, os bancos começaram a cobrar tarifas pelos serviços que prestavam e rapidamente aumentaram suas carteiras de crédito de modo a compensar a perdas das receitas de floating. 

Com o Plano Real e a estabilização da economia os bancos tiveram que rever suas estratégias de atuação pois a receita de floating que existia antes desapareceu. Havia a necessidade de fontes de receita alternativas. Os bancos começaram a cobrar tarifas e aproveitaram o aumento da propensão a consumir da população, a qual estava ávida por comprar, principalmente bens duráveis e semi–duráveis, como eletrodomésticos por exemplo, para expandirem suas carteiras de crédito. Todavia a falta de tecnologia para esse tipo de transação e a expansão pouco cautelosa das carteiras de crédito, trouxe para os bancos um novo problema , a alta inadimplência. 

Em 1995 alguns bancos quebraram por não suportarem as perdas, outros viram seus resultados diminuídos por causa das perdas e da necessidade da criação de provisões para absorver novas perdas.  

Discriminação----------------------------------------  1994----------1995-----------1996--------1997 

Bancos Comerciais e Caixas Econômicas------------35-------------37--------------40-----------36 
Bancos Múltiplos-------------------------------------209-----------203-------------192---------180 
SCTVM (Corretoras)---------------------------------285-----------271------------255----------202 
Bancos de Investimento-------------------------------17 ------------16--------------23-----------22 
SDTVM (Distribuidoras)----------------------------374-----------329-------------283----------236 

Total----------------------------------------------------920-----------856-------------793----------676 

Fonte : Lopes Filho/ Bacen (Elaboração:Andima) 

Outro fato que os bancos não anteciparam foi o aumento dos depósitos compulsórios para as captações e a criação de um depósito compulsório para as operações de crédito, que hoje não existe mais. Isso aliado a falta de liquidez no mercado no início de 1995, aumentou as taxas de juros dos empréstimos a clientes, aumentando o nível de inadimplência. Nessa época dois bancos fecharam, o Nacional e o Econômico. 
O ano de 1996 foi caracterizado pela queda das taxas de inadimplência e a redução dos depósitos compulsórios. As operações de crédito aumentaram novamente, tendo como resultado um aumento das receitas 

Em 1997 ocorreu a Crise da Ásia, que reduziu a lucratividade no ano, a qual, em condições normais seria muito acima da média dos outros anos. 
Em 1996 os bancos de varejo investiram em tecnologia de concessão de crédito, sendo que em muitos casos só a partir desse momento que passou-se a utilizar técnicas como credit-scoring. Nessa época os bancos começaram a cobrar por seus serviços e a criar suas áreas de administração de fundos, underwriting e outros negócios relacionados à atividade bancária que pudessem gerar receitas adicionais para os bancos que substituíssem as receitas de floating. 

Com a economia mais estável e a mudança dos padrões de operação mais próximos aos de outros países, muitos bancos estrangeiros começaram a se interessar pelo mercado brasileiro, que além de oferecer ainda um potencial de crescimento proporcionava taxas de lucratividade maiores que em países desenvolvidos. Essas vantagens seriam maiores ainda quando se levasse em conta o fato de os bancos originários de países desenvolvidos terem acesso a recursos mais baratos no mercado internacional que os bancos brasileiros. Com isso o número de fusões e aquisições cresceu. Certamente é preciso que esses bancos se adaptem ao mercado local, ou seja às normas e características do mercado entre outros. A grande vantagem desses é o baixo custo de captação, já que os grandes bancos obtém recursos a baixos custos no mercado internacional. 

Depois da crise da Rússia em 1998, para evitar uma catástrofe maior, o CMN editou a Resolução 2.493 que autorizava aos bancos realizarem cessão de crédito com empresas não financeiras, constituídas especificamente com a finalidade de adquirirem créditos. Isso permitiu aos bancos venderem seus créditos inadimplentes. No final do ano entrou em funcionamento a Central de Risco do BACEN, um mecanismo auxiliar de controle de risco de crédito que expõe a situação de cada tomador no Sistema. Um mesmo cliente, com operações em vários bancos, passa a ser visto de forma consolidada na Central e, caso se conclua sobre o agravamento de seu risco ( está inadimplente em um dos bancos), o BACEN exige provisionamento adicional em todos os outros, mesmo que sua situação seja normal nestes bancos. Isto provocou um aumento no volume de provisões no Sistema, gerando um efeito positivo para a segurança bancária. 

No início de 99 a taxa cambial deixou de ser controlada pelo governo e o dólar subiu chegando a R$ 2,15. Muitos bancos tiveram grandes lucros por terem dólares em sua carteira ou pela valorização de seus ativos no exterior. 

Em janeiro de 1999 foi reeditada a M.P. 1807 que produziu efeitos através da redução das alíquotas do PIS de 0,75 para 0,65 e Contribuição Social de 18% para 8% sujeita a um adicional de 4% para os meses de maio a dezembro de 1999 além da permissão da compensação dos créditos tributários da CSLL à alíquota de 18%. 

------------ Alíquota Bancos --- Alíquota Bancos ------- Legislação 
-------------- até dez 98 ----------a partir de jan 99 
________________________________________________________________ 
-PIS ---------------- 0.75% ------------0,65% 

-COFINS ---------- 0% ----------------3% ---------------- MP 1807/99, lei 9781 

Contribuição 
------Social --------18%---------------12% ---------------- lei 9477/99 ou 9744 

Imposto de 
----Renda----------35%---------------35%----------------- site da Receita Federal 

Através da edição da Lei 9718/98 a partir de fevereiro de 1999 as instituições financeiras passarão a contribuir para o financiamento da seguridade social (COFINS) à alíquota de 3% sobre o Resultado Bruto da Intermediação Financeira. Este custo recai integralmente sobre os bancos, que não recolhiam anteriormente quando a alíquota já era de 2%. 

A alta taxa de juros permaneceu, o que fez com que os bancos preferissem aplicar seus recursos em títulos do governo, que são mais seguros que as carteiras de crédito, as quais estão mais suscetíveis a perdas devido à atual situação econômica. 

Principalmente a partir do início do segundo semestre de 1999, o governo sinalizou com uma tendência de queda na taxa de juros. Esse fato, aliado à queda das alíquotas de depósitos compulsórios, fez com que alguns bancos já anunciassem um crescimento, ainda cuidadoso, em suas carteiras de crédito e uma diminuição nas taxas cobradas nos empréstimos aos clientes. 

TAC: Saiba mais sobre a proibição da cobrança desta taxa ilegal e como recuperar nos contratos já feitos


Desde o dia 30 de abril de 2008, os bancos não podem mais cobrar uma tarifa conhecida pela sigla TAC, que significa Taxa de Abertura de Crédito. 

Esta taxa era geralmente embutida nos contratos de financiamento de veículos e também aparecia com freqüência nos empréstimos pessoais, inclusive naqueles cujos pagamentos são feitos por desconto em folha, à exceção daqueles vinculados aos beneficiários do INSS, onde tal cobrança sempre foi proibida. 

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O que muitos consumidores não sabem é que, antes da proibição feita pelo Banco Central do Brasil, ao menos desde o ano passado, o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul tem considerado ilegal a cobrança da TAC, determinado a devolução do valor cobrado, muitas vezes em dobro, para os consumidores que contestaram na Justiça esta ilegalidade. 

Para que se entenda o peso da cobrança desta taxa em um contrato de financiamento de veículo, vejamos o seguinte exemplo, cujos dados foram extraídos de caso real: 

O consumidor Ricardo, em outubro de 2007, financiou um automóvel Ford Escort usado, no valor de R$ 11.900,00, em 48 parcelas, com juros de 2,07% ao mês. 

Para chegar ao valor das parcelas, além do valor principal, o banco cobrou, embutido no financiamento, R$ 173,04 de IOF (imposto sobre operações financeiras) e R$ 370,00 de TAC (taxa de abertura de crédito). Assim, o valor financiado saltou para R$ 12.443,04. 

Desta forma, a aplicar a taxa de juros prevista, o valor de cada parcela ficou em R$ 411,46. Se na época deste financiamento a TAC não fosse incluída no total financiado, o valor das parcelas cairia para R$ 399,23, uma diferença de R$ 12,23 que, multiplicada em 48 vezes, alcançaria o montante de R$ 587,04. Em resumo, este é o peso da TAC no contrato em questão. 

O valor pode individualmente parecer pequeno mas se pensarmos que somente em abril de 2008, último mês de cobrança da TAC, foram vendidos 248.945 veículos de passeio e comerciais leves, sendo que destes, em média 68% foram financiados, e considerando a cobrança de uma taxa tal como no exemplo anterior, teremos um montante de R$ 62.634.562,00 arrecadados pelos bancos, aos quais ainda serão acrescidos os juros do financiamento (169.282 veículos x R$ 370,00)[1]. 

Além da TAC, nos financiamentos de veículos, os bancos também costumam cobrar a chamada taxa de boleto ou de folha de carnê, em média R$ 3,00 por parcela. Da mesma forma que no caso da TAC, o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul tem considerado ilegal esta cobrança e também tem determinado a devolução, muitas vezes em dobro, para os consumidores que buscam tal direito na Justiça. 

No caso da taxa de boleto, se considerarmos somente os veículos financiados em abril de 2008, dentro de prazo médio de 42 meses[2], teremos um montante de R$ 21.329.532,00 arrecadados com esta taxa (42 meses x R$ 3,00 x 169.282 veículos). 

Como recuperar estes valores? 

Primeiramente, o consumidor deve ter em mãos o contrato de financiamento para comprovar a cobrança da TAC ou similar e o carnê de pagamentos para provar a cobrança de taxa de boleto. O banco é obrigado a fornecer cópia do contrato e, se não fizer, o consumidor pode formalizar reclamação junto ao Banco Central pelo fone gratuito 0800–9792345. 

Depois, com os documentos em mãos, o consumidor pode ingressar com ação na Justiça, com o pedido de indenização propriamente dito. 

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[1] Os dados sobre vendas são da FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) e quanto ao percentual financiado são da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). 

[2] Média fornecida pela ANEF para o ano de 2007.