sábado, 15 de agosto de 2020

5G: China X EUA - Uma das 'frentes de batalha' da 'Guerra Fria' do Século XXI - Equivale à Corrida Espacial no Século XX

 

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O que o Brasil precisa resolver antes do leilão de 5G

14/08/2020   3 min de leitura


É preciso atualizar as leis municipais de instalação de antenas, 

reduzir a alta carga tributária brasileira sobre os serviços de telecom, especialmente os de internet das coisas, 

adotar a solução mais adequada para mitigar eventuais interferências do 5G com os serviços de TVRO, conhecidos como as parabólicas, e 

garantir ampla e irrestrita participação de fornecedores, para o bem da sociedade.


Encontrar uma solução prévia para essas questões é fundamental para a definição das regras para o leilão de licenças que estarão no edital de licitação. Num sentido figurado, entendemos que o edital é o teto da casa, mas antes é preciso construir o alicerce e as paredes.


O 5G vai precisar da construção de toda uma infraestrutura própria para a tecnologia, com equipamentos e antenas específicos de quinta geração, que têm que receber licença de instalação dos municípios. O problema é que o processo de licenciamento enfrenta uma série de barreiras no país em função da burocracia e de leis de antenas desatualizadas.

(...)

https://www.tecmundo.com.br/mercado/156213-o-brasil-precisa-resolver-leilao-5g.htm


Por que os Estados Unidos estão preocupados com a tecnologia 5G?

ShareAmerica -2 de outubro de 2019

Smart city with smart services and icons, internet of things, networks and augmented reality concept

[Cidade inteligente com serviços e ícones inteligentes, internet das coisas, redes e conceito de realidade aumentada]


No próximo ano, a tecnologia sem fio de quinta geração (5G) começará a formar a espinha dorsal de futuras economias e serviços públicos. Vai afetar todas as partes de nossas vidas, desde telefones celulares a carros auto dirigíveis, a serviços essenciais, como redes elétricas e sistemas de água.


“Com todos esses serviços dependentes de redes 5G, os riscos para salvaguardar essas redes vitais não poderiam ser maiores”, disse* Robert Strayer, diplomata do Departamento de Estado dos EUA especializado em segurança cibernética.


Infelizmente, a nova infraestrutura necessária para apoiar o 5G pode sujeitar os países a ameaças à sua segurança nacional. Uma grande preocupação é a possibilidade de equipamentos serem instalados por uma empresa que pode ser controlada ou influenciada por um governo estrangeiro.


https://share.america.gov/pt-br/por-que-os-estados-unidos-estao-preocupados-com-a-tecnologia-5g/


Corrida tecnológica | EUA e China agora estão empatados na implementação do 5G

Por Thaís Augusto | 02 de Abril de 2019 às 19h29


A disputa pela tecnologia 5G continua acirrada entre Estados Unidos e países asiáticos. Até o ano passado, o país americano estava sofrendo para alcançar China e Coreia do Sul, de acordo com relatório da associação CTIA. Agora, um novo documento divulgado nesta terça-feira (2) diz que os Estados Unidos conseguiram ultrapassar a Coreia e empatam com a China no desenvolvimento da próxima geração de serviços sem fio.


A informação também foi relevada por um relatório da CTIA. Para obter os resultados, a associação considera as medidas tomadas por cada governo, a construção de equipamentos e outros obstáculos envolvidos no processo.


Nos Estados Unidos, as quatro principais operadoras têm planos de entrar na operação de linhas 5G nos próximos meses. A expectativa é que a nova tecnologia consiga alcançar uma velocidade até 100 vezes mais rápida em comparação com o serviço atual, além de abrir portas para o mercado de Internet das Coisas, desde a comunicação autônoma de carros até a assistência médica remota.


O porta-voz da CTIA, Nick Ludlum, atribuiu o salto dos Estados Unidos a grandes mudanças políticas destinadas a acelerar o progresso em direção ao 5G. Uma delas foi uma proposta controversa aprovada pela Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) no ano passado que restringe o poder das autoridades locais de regular a instalação de equipamentos de antenas extras para transmitir os sinais de super alta frequência – as chamadas “ondas milimétricas” – nas quais o 5G vai operar. Outros 23 legisladores estaduais também solidificaram medidas semelhantes mesmo sob os protestos de governos municipais.

(...)


https://canaltech.com.br/telecom/corrida-tecnologica-eua-e-china-agora-estao-empatados-na-implementacao-do-5g-136231/


5G no mundo

09/08/2020

 

Em julho de 2020 a GSA tinha identificado:

392 operadoras em 126 países investindo em 5G.

92 operadoras haviam lançado serviços 5G em 38 países.

84 operadoras haviam lançado serviços móveis e 37 fixos (FWA).

 

Dispositivos 5G


Segundo o GSA, em junho de 2020:


86 vendors haviam anunciado que teriam disponíveis ou iriam disponibilizar dispositivos 5G

Haviam sido anunciados oficialmente o lançamento de 317 modelos de dispositivos 5G (135 disponíveis comercialmente).

Destes, 135 são smartphones (95 disponíveis comercialmente) e 85 CPEs.

76,3% dos dispositivos anunciados suportam bandas em frequências abaixo de 6 GHz e 26.5% em ondas milimétricas.

Existiam 4 chipsets 5G de 4 vendors: Huawei, Mediatek, Qualcomm e Samsung.

 

Vendors

Contratos comerciais da 5G: Huwaei 91 (fev/20), Ericsson 86 (mar/20) e Nokia 63 (jan/20).

 

Celulares 5G


Existiam 63,7 milhões de celulares 5G no mundo no 1T20, quatro vezes mais do que no final de 2019. (GSA/Omdia).

No final de abril 

a China possuía 65,5 milhões de celulares

a Coreia do Sul 6,3 milhões e 

os Estados Unidos cerca de 1,2 milhões.


China

A China Mobile (70,2 milhões) e a China Telecom (37,8 milhões) possuíam 108 milhões de celulares 5G em jun/20.


Seis meses após o início de suas operações 5G, a China Mobile e a China Telecom terminaram abril com um total combinado para 65,5 milhões de celulares 5G. Em 2019 existiam 18 milhões de celulares 5G no mundo.


As três principais operadoras móveis da China (China Mobile, China Telecom e China Unicom) lançaram oficialmente serviços 5G em nov/19, seis meses após o governo emitir as licenças.


As três operadoras cobrem parcialmente 50 cidades, implantaram cerca de 86.000 estações radio base 5G e devem chegar a mais de 130.000 até o final do ano.

 

Coreia

SK Telecom (SKT), KT e LG Uplus colocaram em operação simultaneamente suas redes 5G na Coréia em 1/12/18. Planejavam m ampliar a utilização para consumidores com cobertura nacional em março de 2019, à medida que os aparelhos 5G se tornarem disponíveis.


As redes 5G em operação na Coreia estão apresentando um crescimento vertiginoso do consumo de dados:


A Coreia atingiu a marca de 3 milhões de celulares 5G em 9 de setembro e pretende cobrir 93% da população com esta tecnologia até o final do ano. Cinco meses após o lançamento do serviço, o país já contava com 90 mil ERBs 5G


A SK Telecom (SKT), atingiu o marco de um milhão de assinantes 5G em 21 de agosto, menos de 5 meses do lançamento do serviço. Este marco foi atingido para 4G em oito meses. A média mensal de uso de dados é de 33,7GB para 5G, comparado com 20,4 GB para 4G.


Novos serviços com funções AR e VR já representam 20% do consumo de dados em 5G, em comparação com apenas 5% para 4G.


Medições realizadas pela Opensignal na Coréia mostram que a velocidade de download de smartphones 5G é 48% do que aquela de smartphones 4G topo de linha (4.5G) e 134% maior que a dos demais smartphones 4G.


A Opensignal não encontrou, no entanto, diferenças significativas nas velocidades de upload (cerca de 14 Mbps) e na latência (cerca de 37 ms). As redes 5G da Coréia foram implantadas utilizando o core 4G (Modo NSA).

 

Estados Unidos

Em nov/19 a AT&T anunciou que irá lançar seu serviço 5G em 850 MHz complementando, segundo a operadora, a sua oferta em ondas milimetricas. Curiosamente, no entanto, o primeiro smartphone a ser disponibilizado (Galaxy Note10 + 5G da Samsung) é compatível apenas com a faixa de 850 Mhz e não com a de ondas milimétricas.


A Verizon lançou seu serviço 5G em 1/10/2018 em várias cidades dos EUA. O “Go 5G Home” é um serviço BL fixa para o cliente residencial com velocidades entre 300 Mbps e 1 Gbps. A rede 5G da Verizon opera na banda de 28 GHz e ainda não é compatível com o 3GPP. É baseada na especificação 5G da Verizon e a será atualizada para o padrão 5G do 3GPP no futuro.


Em dez/18, a AT&T colocou em operação a sua rede 5G em 12 cidades dos Estados Unidos. Ela não está em operação comercial pois ainda não existem smartphones 5G sendo comercializados. Ela está sendo utilizada por pessoas selecionadas utilizando terminais de dados.


Os lançamentos de redes comerciais de 5G utilizando ondas milimétricas se multiplicam nos EUA. A Verizon tem redes 5G em 30 cidades, a AT&T em 20 e a T-Mobile em seis.

 

Europa

Em junho de 2019, a GSA identificou 106 operadores, em 41 países da Europa que estão investindo ativamente em 5G, sendo que, 8 operadoras em 6 países tinham em operação comercial redes 5G: EE (UK), Elisa na Estonia e Finland; Sunrise e Swisscom na Suiça, TIM e Vodafone in Italy e Vodafone na Espanha.

(,,,)


Nesta página: Acompanha a entrada em operação comercial de redes 5G no mundo.



China tem 410 mil estações-base 5G, até junho

2020-07-27 


Beijing, 27 jul (Xinhua) -- A China construiu 257 mil novas estações-base 5G no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Ministério da Indústria e Informatização.


O número total de estações chegou a 410 mil até o final de junho, mostraram os dados da pasta.


As remessas de celulares 5G atingiram 86,23 milhões de unidades na China, com os usuários de pacotes 5G atingindo 66 milhões no final de junho, disse Wen Ku, um funcionário da pasta.


A produção de valor agregado de serviços de transmissão de informações, software e tecnologia da informação aumentou anualmente 14,5%, 1,3 ponto percentual mais rápido que no primeiro trimestre.


Para dar pleno desempenho à comercialização do 5G, mais políticas devem ser implementadas para aumentar a vitalidade do mercado, disse Wen, acrescentando que a cooperação internacional em tecnologia, indústria e aplicação 5G deve ser reforçada.


http://portuguese.xinhuanet.com/2020-07/27/c_139243172.htm


Huawei já está produzindo estações 5G sem componentes americanos

Por Felipe Demartini | 26 de Setembro de 2019


Em mais uma demonstração de que não foi plenamente atingida pelo banimento que sofre nos Estados Unidos, a Huawei já está realizando testes com estações-base do 5G sem componentes americanos. Quem confirmou a informação foi Ren Zhengfei, CEO da companhia, que anunciou os planos de fabricar cinco mil unidades do item de infraestrutura a partir de outubro.


E esse é apenas o começo, já que, segundo ele, a ideia é atingir um ritmo de 1,5 milhões de estações-base fabricadas mensalmente ao final de 2020. O fluxo deve atender à demanda do 5G em países, principalmente, da Europa e da Ásia, mantendo os planos da Huawei nesse segmento quase inalterados, apesar da proibição em solo americano e, também, da pressão do governo de Donald Trump para que outros países também apliquem as mesmas medidas contra a empresa.


A Noruega é o mais novo país a firmar com a Huawei o compromisso para instalação da rede 5G. O governo da nação disse não ter encontrado indícios de que o uso de equipamentos da fabricante chinesa representaria riscos à segurança nacional e, por isso, não cedeu aos pedidos dos EUA para que um banimento fosse feito também por lá. Outros países como França, Alemanha e Reino Unido também estão investigando a questão e se mostram favoráveis à liberação.


Atendendo ao banimento ainda imposto nos Estados Unidos, as estações-base de 5G da Huawei chegam sem nenhum componente ou tecnologia oriunda de companhias americanas. No passado, Ren já havia dito que isso não afetaria os planos, e agora, ao anunciar que eles efetivamente estão a pleno vapor, não citou quem são os novos parceiros comerciais e de inovação desta nova fase.

(...)


https://canaltech.com.br/telecom/huawei-ja-esta-produzindo-estacoes-5g-sem-componentes-americanos-150811/


Huawei dá o troco e Qualcomm alerta para o risco dos EUA perder muito dinheiro

Convergência Digital* - 10/08/2020

A Qualcomm alertou ao governo dos Estados Unidos que as restrições de exportação à Huawei servirão apenas para entregar bilhões em vendas a seus competidores no mercado de chips. A informação, divulgada inicialmente pelo Wall Street Journal, foi confirmada pela própria fabricante chinesa, que avisou o abandono dos chips Kirin, da desenvolvedora americana. 


https://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site%2Cmobile%252Csite&infoid=54482&sid=17#.Xzgx8OhKjMU



VAI VENDO: O USO DO MARKETING PARA ENGANAR... 

(EUA: ótima competência em uso de mídias para parecer o que não é...)


É óbvio que o 5G americano não é 5G de verdade


Por Paulo Higa

2 anos atrás


Em uma das minhas idas aos Estados Unidos, quando o 4G ainda engatinhava no Brasil, eu me surpreendi negativamente com a lentidão das redes móveis de lá. Isso porque 4G não é exatamente 4G nas operadoras americanas: por uma jogada de marketing, elas acharam que seria uma boa ideia chamar o HSPA+ (conhecido no Brasil como 3G+) de 4G. Enquanto isso, o 4G americano de verdade foi batizado comercialmente de LTE.


Agora, a AT&T decidiu fazer a mesma besteira, que provavelmente será seguida por outras operadoras americanas, assim como fizeram na época do 4G. Em smartphones Android já existentes, além de modelos novos que serão lançados em 2019, os usuários passarão a ver um ícone “5G E” ao lado da barrinha de sinal. Só que eles não estarão em uma rede 5G, e sim em uma 4G.


O tal do 5G E da AT&T (com um “E” bem pequeno, porque vai que as pessoas percebem) nada mais é do que um 4G LTE com tecnologias como MIMO 4×4, que melhora a transmissão de dados por meio do uso de múltiplas antenas simultâneas, e o 256QAM, um esquema de modulação difícil de explicar tecnicamente em poucas palavras, mas que basicamente melhora a eficiência do espectro e transmite mais bits a cada tempo.


Segundo a operadora, “as tecnologias 5G Evolution permitem um pico de velocidade de 400 Mb/s para dispositivos compatíveis, ou uma média de cerca de 40 Mb/s com base em experiências reais”. A rede já está disponível em 385 mercados, com previsão de atingir 400 cidades “nos próximos dias”, diz a AT&T.


Como você (e as próprias operadoras americanas) sabem, isso não é 5G. Muito menos um “5G Evolution”, como a AT&T tentará vender. Trata-se, no máximo, do LTE Advanced Pro, uma revisão do 4G que permite velocidades mais altas e maior eficiência de rede.

(...)


https://tecnoblog.net/272616/5g-falso-eua/

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Por que a corrida da China pelo domínio da IA depende da matemática

TRADUÇÃO
Por que a corrida da China pelo domínio da IA depende da matemática

O mundo notou pela primeira vez as proezas de Pequim em inteligência artificial (IA) no final de 2017, quando o repórter da BBC John Sudworth, escondido em uma cidade remota do sudoeste, foi localizado pelo sistema de CFTV da China em apenas sete minutos. Na época, foi uma demonstração chocante de poder. Hoje, empresas como a YITU Technology e a Megvii, líderes em tecnologia de reconhecimento facial, comprimiram esses sete minutos em meros segundos. O que torna essas empresas tão avançadas e o que impulsiona não apenas o estado de vigilância da China, mas também seu desenvolvimento econômico mais amplo, não são apenas sua capacidade de IA, mas o poder da MATEMÁTICA subjacente a ela. A corrida pela supremacia da IA ​​tornou-se talvez o aspecto mais visível da grande competição de poder entre a América e a China. O poder de IA dominante do mundo terá a capacidade de moldar finanças, comércio, telecomunicações, combate e computação globais. O presidente Donald Trump reconheceu este último fevereiro assinando uma ordem executiva, a "American AI Initiative", projetada para proteger a liderança dos EUA nas principais tecnologias de IA. Em apenas alguns anos, empresas americanas, universidades, think tanks e o governo dedicaram centenas de documentos e projetos de políticas para enfrentar esse desafio.
No entanto, esqueça a própria "IA". É tudo sobre matemática, e os Estados Unidos não estão treinando cidadãos suficientes nos tipos certos de matemática para permanecerem dominantes.
A IA não é simplesmente uma caixa preta que crescerá se fundos ilimitados forem despejados nela. Dezenas de projetos de think tanks e relatórios do governo não significam nada se os americanos não conseguirem manter o domínio sobre a matemática fundamental que sustenta a IA. Solicitações de bilhões de dólares em investimentos relacionados não serão adicionadas sem a habilidade matemática abstrata necessária para transformar a economia ou as forças armadas. O que chamamos de "IA" é, de fato, um conjunto de vários algoritmos e desenvolvimentos distintos que se baseiam fortemente em matemática e estatística avançadas. Tomemos redes neurais profundas, que compreensivelmente se tornaram um chavão de CIO / CTO, como exemplo. Estes não são cérebros artificiais. São pilhas de módulos de transformação de informações que “aprendem” computando repetidamente uma cadeia do que é conhecido como gradientes (algo raramente ensinado no cálculo do ensino médio), que são a espinha dorsal de uma família de algoritmos conhecidos como retro propagação. Dissecações semelhantes podem ser feitas para todo o aprendizado de máquina, que é um estudo de como programar computadores para aprender uma tarefa em vez de executar uma rígida pré-codificada. A capacidade de classificar rapidamente grandes quantidades de dados, identificar padrões, "prever" resultados e "aprender sozinho", tudo se resume a algoritmos cada vez mais sofisticados, combinados com um poder computacional cada vez mais poderoso e uma quantidade proporcional de dados. Dos iPhones ao Summit, o supercomputador mais poderoso do mundo, localizado no Laboratório Nacional de Oak Ridge, e do Google ao Facebook, essas plataformas e programas de computação usam cálculos matemáticos incrivelmente complexos para fazer de tudo, desde modelAR detonações nucleares a fornecer resultados de pesquisa na web. E, ao contrário do que alguns advogados de destaque da IA ​​- como Kai-fu Lee, autor das Superpotências da AI - argumentam, não se trata apenas de dados. Lee é famoso por dizer que hoje os dados são o petróleo do início do século XX e que a China, que tem mais dados, é a nova Arábia Saudita. No entanto, sem o tipo certo de matemática e aqueles que podem desenvolvê-lo de forma criativa, todos os dados do mundo NÃO o levarão tão longe - e certamente não o suficiente para o futuro que os defensores da IA ​​imaginam ousadamente. É por isso que a matemática de ponta se concentra, entre outras coisas, em poder trabalhar com perda parcial de informações e dados esparsos ou descartar informações inúteis que são coletadas junto com os dados principais. Não importa como você o corta, o mundo funciona com zeros e zeros - e nos quadros brancos onde os algoritmos que os manipulam são destruídos. No entanto, não se pode simplesmente criar algoritmos mais poderosos e elegantes; são necessários anos de treinamento do paciente em matemática cada vez mais complexa. Infelizmente, estudantes secundários e universitários americanos não estão dominando a matemática fundamental que os prepara para passar para o tipo de campos avançados, como teoria estatística e geometria diferencial, que tornam possível a IA. As crianças americanas de quinze anos obtiveram trigésimo quinto em matemática nos testes do Programa para Avaliação Internacional de Estudantes da OCDE em 2018 - bem abaixo da média da OCDE. Mesmo no nível universitário, não tendo dominado o básico necessário para um treinamento rigoroso na solução abstrata de problemas, os estudantes americanos geralmente aprendem a memorizar algoritmos e inseri-los quando necessário. Essa falha em treinar estudantes capazes de matemática avançada significa que cada vez menos cidadãos dos EUA estão migrando para graus avançados em matemática e ciências. Em 2017, mais de 64% dos candidatos a doutorado e quase 70% dos estudantes de mestrado em programas de ciência da computação dos EUA eram estrangeiros e metade dos diplomas de doutorado em matemática naquele ano foram concedidos a cidadãos não americanos, de acordo com a National Science Foundation. Estudantes chineses e indianos são responsáveis ​​por grande parte deles, em grande parte porque o treinamento mais avançado nas universidades americanas ainda supera o de seus países de origem, embora a lacuna esteja diminuindo em relação à China. No entanto, isso também significa que a maioria daqueles que estão sendo preparados pelas universidades dos EUA para abrir novas fronteiras em ciência da computação e matemática abstrata não são americanos. Alguns desses não cidadãos ficarão aqui. Mas muitos voltarão para casa para ajudar a expandir as crescentes indústrias de tecnologia de seus países. Existem boas razões para argumentar que as restrições de visto dos EUA a trabalhadores qualificados devem ser atenuadas, tentando mais estrangeiros a permanecer nos Estados Unidos após a conclusão dos estudos. Mas o ponto principal é que não há cidadãos americanos optando por se especializar em matemática avançada, o que tem implicações correspondentes para tudo - desde a concorrência estrangeira à cultura de startups do Vale do Silício, desde questões de segurança nacional até se as empresas americanas se consideram ou não americanas. As feridas matemáticas da América são importantes porque o Partido Comunista Chinês transformou o domínio da IA ​​global em um objetivo nacional até 2030 e está aproveitando seus recursos para fazê-lo. De fato, o mundo agora vê a batalha pela IA como uma batalha entre a China e os Estados Unidos. Sob o secretário geral Xi Jinping, a China investiu pesadamente em tecnologias relacionadas à IA, tornando-o um foco central para a modernização da indústria chinesa. Esse esforço sustenta a iniciativa "Made in China 2025" de Pequim, que busca tornar o país dominante na maioria dos processos de alta tecnologia. Estima-se que o mercado de IA da China valha cerca de US $ 3,5 bilhões, e Pequim estabeleceu uma meta até 2030 de um mercado de IA de um trilhão de yuans (US $ 142 bilhões). O governo prometeu o equivalente a US $ 2,1 bilhões para construir um parque industrial de IA nos arredores de Pequim, entre outros grandes investimentos. Liderando o esforço, a Huawei, que estabeleceu laboratórios de pesquisa de IA em Londres e Cingapura, apresentou uma nova geração de chips de "processador de IA" e estabeleceu uma estratégia de IA de "todos os cenários". Muitos dos gastos da China são direcionados para tecnologias de reconhecimento facial e de voz, como as do Megvii e SenseTime, além do processamento de linguagem natural. O foco nessas tecnologias específicas é orientado por um propósito: Pequim está usando as instalações de seu país em matemática aplicada e IA, seja afiada nos Estados Unidos ou em casa, para criar um estado de vigilância digital que é incomparável na história. Por exemplo, uma nova lei exige que todos os indivíduos que registram novos números de celular tenham uma digitalização facial. Os algoritmos mais avançados do mundo estão sendo usados ​​para ajudar a monitorar e controlar a sociedade chinesa e reforçar os serviços de segurança do país. Parte disso já é claramente visível. Notoriamente, Pequim está criando um sistema de "crédito social" baseado no reconhecimento facial e em outras tecnologias que recompensam ou penalizam certos comportamentos - passeata, indignidade de crédito, patriotismo insuficiente e outros - para moldar o comportamento público e privado das pessoas. As duas províncias ocidentais de Xinjiang e Tibet se tornaram estados policiais virtuais na China, pois suas populações uigures muçulmanas e budistas tibetanas são monitoradas e controladas incessantemente através da aplicação de reconhecimento facial e coleta forçada de DNA. O foco de inteligência artificial da China também tem implicações de segurança global, dada a política de "fusão civil militar" de Pequim, que exige que todos os avanços de alta tecnologia sejam disponibilizados às forças armadas chinesas para incorporação em sistemas de armas. De maneira igualmente insidiosa, Pequim está recrutando os alunos mais inteligentes do ensino médio do país para treiná-los como cientistas de armas de IA. Um relatório recente da National Science Foundation observou que as políticas do governo chinês não compartilham “EUA valores da ética científica ", levantando preocupações sobre cientistas chineses treinados nos EUA que empregam pesquisas avançadas que beneficiam o estado de vigilância e as forças armadas do PCC. Mesmo que a indústria de inteligência artificial da China trabalhe para alcançar sua colega americano em termos de talento, o país está investindo em sua capacidade matemática. Os estudantes chineses ficaram em primeiro lugar no mundo em matemática (além de ciências e leitura) nos últimos testes do PISA. Embora haja boas razões para duvidar da veracidade de pelo menos algumas das pontuações chinesas, não há dúvida de que a China está se concentrando fortemente na educação STEM, superando as nações americanas e europeias. O recentemente anunciado "Plano Base Forte" recrutará os melhores alunos do país para estudar matemática, física, química e biologia, entre outros campos. Além disso, a China também compra agressivamente matemáticos líderes no exterior.

O programa “Mil Talentos” atrai pesquisadores chineses e estrangeiros em áreas-chave de volta à China. Esses indivíduos trazem consigo os frutos de seu trabalho nas universidades, corporações e institutos de pesquisa dos EUA e os transferem para institutos de pesquisa públicos e privados chineses. De acordo com David Goldman, do Asia Times, a Huawei sozinha emprega 50.000 estrangeiros, muitos deles engenheiros altamente treinados, atraídos por enormes salários e bônus.


Não é surpresa que a capacidade matemática da China esteja deixando o país desafiar os Estados Unidos pelo domínio da IA. Do diretor de tecnologia dos EUA ao Boston Consulting Group, uma diversidade de vozes alerta que o agressivo investimento público e privado da China em IA está ameaçando a liderança dos EUA, juntamente com o desvio do conhecimento originado nos Estados Unidos. Como um líder de uma pequena empresa de IA de San Francisco reclamou recentemente: "Se eu não empregar cidadãos chineses, perco metade da minha equipe de engenharia. Mas não tenho ideia se aqueles a quem emprego são riscos à segurança ou não. ”

O ESPECTRO de dois sistemas tecnológicos globais emergentes - um chinês, um americano, um aberto e outro fechado - é um tema de muita preocupação contemporânea. Pequim está exportando suas tecnologias de controle em todo o mundo, principalmente para regimes repressivos na Ásia e na África, mas também para estados democráticos como a Grã-Bretanha. Já mais de uma dúzia de países está usando a tecnologia de vigilância chinesa, enquanto quase três estão sendo treinadas nos modelos de censura do PCCh, de acordo com a Freedom House. A crescente onipresença global das câmeras de vigilância significa que apenas a natureza do regime político e da sociedade que as emprega fornece pouca esperança para algum nível de proteção dos direitos individuais e para melhorar o abuso de poder governamental ou corporativo.


Diante da escassa competitividade da América nesse campo, governos e empresas estrangeiras provavelmente serão pressionados a permitir que sistemas chineses avançados entrem em suas sociedades, com a configuração proporcional de um ambiente tecnológico repressivo ou intrusivo impulsionado pela IA, sem mencionar a possível passagem de interesses nacionais e pessoais. informações para a China. E, apesar das garantias das empresas chinesas de que não compartilham as informações coletadas com o governo chinês, as leis de segurança nacional, segurança cibernética e inteligência nacional de Pequim determinam que as empresas privadas na China cooperem com as autoridades quando solicitadas, inclusive com o fornecimento de dados privados.

Enquanto investidores como Kai-fu Lee vêem a China alcançando rapidamente os Estados Unidos na IA, poucos comentam sobre a capacidade matemática que impulsiona esse desenvolvimento. Isso, combinado com a liderança da China no desenvolvimento de redes 5G e suas tentativas financiadas pelo governo de se tornar líder na produção de chips semicondutores, significa que é possível prever um futuro em que não apenas as empresas americanas se tornem meras consumidoras da tecnologia chinesa, perdendo sua capacidade para moldar a economia digital, o mesmo ocorre com o governo dos EUA, levando a um colapso em sua capacidade de manter o equilíbrio militar global de poder.
A melhor maneira de evitar isso é concentrando-se no básico. Os Estados Unidos precisam de um grande esforço de toda a sociedade para aumentar o número de estudantes norte-americanos sendo treinados tanto nos fundamentos da matemática quanto nas mais avançadas, rigorosas e criativas. A liderança na implementação desse esforço terá de vir do governo dos EUA e das principais empresas de tecnologia e através do financiamento de programas ambiciosos. Algumas idéias vêm à mente: esquemas de identificação de talentos, o estabelecimento de centros de matemática e um sucessor moderno da Lei de Educação de Defesa Nacional pós-Sputnik, que forneceria bolsas de matemática para estudantes promissores, juntamente com emprego garantido em empresas públicas ou privadas.
Supondo que tal abordagem leve a um aumento das habilidades matemáticas dos americanos, será necessário um acerto de contas nacional sobre a falta de vontade das empresas americanas privadas em proteger sua propriedade intelectual da China, bem como um esforço para manter matemáticos treinados nos EUA e engenheiros em casa, em vez de vender seus serviços no exterior por meio de programas como o plano “Mil Talentos” da China.
Ganhar a competição de IA começa por reconhecer o quão mal fazemos em atrair e treinar americanos em matemática em todos os níveis. Sem levar a sério o remédio, a corrida de IA pode ser perdida tão claramente quanto dois mais dois são iguais a quatro.
Michael R. Auslin é bolsista Payson J. Treat em pesquisa na Hoover Institution University, da Stanford University, e autor da nova geopolítica da Ásia: ensaios sobre a reforma do Indo-Pacífico.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Peter Diamandis: 'Nos próximos 10 anos, reinventaremos todos os setores'

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Você acha que as pessoas estão preocupadas com aonde a tecnologia nos levará?

Eu posso sentir palpavelmente quão rápido as coisas estão mudando e que a taxa de mudança está se acelerando, e eu tenho percebido uma quantidade crescente de medo vindo de pessoas que não entendem para onde o mundo está indo. E isso não é bom quando você está tentando resolver problemas. Este livro trata de dar às pessoas um roteiro para onde as coisas estão indo na próxima década, para que tenham menos medo e mais expectativa. Porque, sim, nos próximos 10 anos, vamos reinventar todas as indústrias deste planeta, mas a mudança é para o benefício de massas, seja na longevidade, na comida ou no setor bancário.

Você diz que na próxima década teremos mais progresso do que nos últimos 100 anos. Por quê?

A computação é a base. Seja na computação clássica ou quântica, à medida que se tornam mais rápidas e baratas, muitas tecnologias que a utilizam também se tornam mais capazes. Por exemplo, redes de comunicação, sensores, robótica, realidade aumentada e virtual, blockchain e IA estão melhorando exponencialmente. Mas eles também estão sendo entrelaçados e convergentes: por exemplo, IA com robótica. E isso está ficando ainda mais rápido porque o número de pessoas com acesso à tecnologia está aumentando, para que possamos resolver mais problemas. Também há mais capital disponível do que nunca, o que significa que mais idéias malucas são financiadas, o que, por sua vez, leva a mais descobertas. E o custo de fazer as coisas também está ficando mais barato: o número de experimentos em andamento na “garagem do Vale do Silício” está explodindo.

Você esboça os impactos dessas tecnologias convergentes em vários aspectos de nossas vidas na próxima década, desde o que comeremos até como nos divertiremos ou nos transportaremos. Então, como vamos nos locomover em 2030?

A posse de carro será uma coisa do passado. Você transformará sua garagem em um quarto de hóspedes e sua entrada em um jardim de rosas. Após o café da manhã, você caminhará em direção à porta da frente de sua casa. Sua IA conhecerá sua programação, verá você se movendo e terá um carro elétrico autônomo esperando por você. Ele saberá que você não dormiu muito ontem à noite, por isso terá chamado um carro com uma cama na parte de trás para que você possa dormir a caminho do trabalho. Seu tempo de viagem será seu.

E as compras?

Compras repetidas também serão feitas pela sua IA, que você dará permissão para medir e ver tudo. Para comprar roupas, você entrará em um shopping de realidade virtual onde poderá criar um desfile de moda de realidade virtual com 100 de seus avatares vestindo roupas diferentes, para decidir o que você gosta. Já haverá um gêmeo digital para cada peça de roupa que você possui, para que você possa ver como isso se fundiria com seu guarda-roupa. E se você decidir que deseja algo, ele será produzido especificamente para o seu tamanho, porque você terá um arquivo de corpo exatamente de suas proporções.

Essa inteligência onisciente parece assustadora.

Pense nisso a partir desta perspectiva. Eu tenho o assistente executivo mais incrível do mundo. Ela é capaz de saber o que eu preciso antes de precisar. É uma bênção que agora estará disponível para os outros.

Quais tecnologias você vê mudando os cuidados de saúde?

Você terá exames anuais de ressonância magnética de corpo inteiro; será uma prática incorreta não usar a IA no diagnóstico. Serão cuidados de saúde e não cuidados de doenças. Economizará dinheiro e vidas.

Muitas das tecnologias mencionadas no livro são muito incipientes. Ainda não existem no mercado medicamentos para longevidade, carne baseada em células ou interfaces de cérebro para computadores. Você não está exagerando até que ponto as coisas chegarão em uma década? Por que devemos acreditar em você quando você tem seus próprios investimentos em grande parte dessa tecnologia?

Você não precisa acreditar em mim. Estou apresentando o que vejo com base na minha experiência e estou me esforçando para criar esse futuro. Ficamos cansados ​​das coisas incríveis que temos e até onde chegamos. Volte uma década e fale sobre a capacidade dos smartphones agora.

Com as interfaces do cérebro com o computador, meu parceiro da Singularity University, Ray Kurzweil, prevê que nossos cérebros se conectarão perfeitamente à nuvem em meados da década de 2030. Ele calcula a média de uma taxa de sucesso de mais de 80% para suas previsões. E a empresa de Elon Musk, Neuralink, está fazendo progressos inovadores - sua tecnologia está sendo estudada em primatas e o plano é iniciar testes em humanos este ano.

Seu livro é muito otimista. Mas a tecnologia cria problemas e também os resolve. Por exemplo, temos enormes problemas de privacidade e vigilância de dados, e a IA foi exposta como tendo vieses internos.

Toda tecnologia poderosa que já criamos é usada para o bem e para o mal. Mas observe os dados a longo prazo - como o custo da produção de alimentos por pessoa caiu, como a longevidade aumentou. Não estou dizendo que não haverá desafios, mas no geral a tecnologia está tornando o mundo um lugar melhor e continuará. Para mim, trata-se de elevar os bilhões de pessoas que estão no modo fundamental de sobrevivência.

Você identifica ameaças iminentes, incluindo mudança climática, crise hídrica e extinção em massa. E então você olha para as tecnologias que podem corrigir essas coisas. Mas não estaríamos melhor concentrando nossos esforços em mudar nossos caminhos?

Mudar o comportamento humano - por exemplo, dizer às pessoas que elas precisam parar de comer peixe por causa da sobrepesca - é difícil. Se pudermos usar a tecnologia de carne cultivada em células para substituir a sobrepesca, obtendo atum mais saudável e mais barato, deveríamos.

Você compartilha a preocupação existencial de Elon Musk de que a IA que criamos mudará e destruirá todos nós; você se preocupa que robôs e IA assumam nossos empregos?

Eu não, e muitos dos líderes com quem eu passo tempo também não. Há cinco anos, eu estava muito mais preocupado com nossos empregos, mas os dados mostram que estamos recriando mais do que perdendo. A oportunidade real não será de IA versus humanos; vai ser IA com humanos.

A maior preocupação que tenho é como nós, humanos, e especialmente os governos, vamos lidar com a velocidade da mudança que está por vir. Quando as coisas estão se movendo muito rápido, tendemos a dizer "Abrandar" ou "Parar!". Mas não há mudança na taxa de inovação. Cidades e países que proíbem o Uber podem não estar entre os locais onde a tecnologia é implantada primeiro, o que os prejudicará economicamente.

Que inovações tecnológicas você está mais ansioso para ver chegar em sua própria vida?

Sou um entusiasta do espaço. Eu realmente quero andar na lua e em Marte. Sou apaixonado por novas tecnologias para prolongar a vida. A ideia de poder conectar-se [via interfaces cérebro-computador] com as mentes de outras pessoas, acho uma visão linda que nos levaria a um novo nível de empatia. Todas essas tecnologias se materializarão. Não é uma questão de se, somente quando. E você não precisa escolher um ou outro.


TRADUÇÃO DE:

Peter Diamandis: ‘In the next 10 years, we’ll reinvent every industry’